Na semana em que se celebra o Dia Internacional dos Oceanos, a National Geographic Society, ONG americana que mapeia a terra, o mar e o céu, desde 1915, reconheceu oficialmente um quinto oceano: o Austral, que compõe com os oceanos Atlântico, Pacífico, Índico e Ártico. Até agora, as águas que cercam o continente no polo sul eram consideradas apenas uma extensão dos oceanos Atlântico, Pacífico e Índico.
O Oceano Austral inclui a ampla região oceânica que circunda a Antártica. Não é isolado geograficamente pela presença das massas continentais que separam os Oceanos Atlântico, Pacífico e Índico. Separa-se deles por uma barreira física imperceptível aos olho humano, que está associada à densidade da água do mar. As águas do Austral são mais frias e mais salgadas que as dos seus vizinhos. Nas margens continentais, a topografia marinha se destaca por grandes abismos submarinos.
A National Geographic Society decidiu oficializar este quinto oceano para alertar sobre o derretimento das geleiras e o aquecimento global. Não só significa uma alerta, mas também serve para dar impulso a iniciativas educativas e de pesquisa científica. Segundo estudos, mais de um terço do gelo da Antártica pode virar água, em consequência da elevação das temperaturas no planeta. Essa é uma zona bastante ameaçada pelo aquecimento climático. 2020 foi um ano especialmente quente e registrou temperaturas 2° C mais elevadas, as maiores das últimas décadas, na região.
Foto de capa: PxHere