Newsletter – 2ª Quinzena de Junho 2021

Na atividade jornalistíca, não escrever nada também pode ser produtivo. A semana foi de eventos online (mais um, entre tantos), todos ligados à área de sustentabilidade e afins. A transição energética esteve no centro de uma série de palestras, debates e atividades promovidas pela Reuters Events . Empresas envolvidas na transição energética se revezaram com as gigantes dos combustíveis fósseis em sucessivas exposições para reafirmar seus objetivos. As petroleiras deixaram subentendido que continuarão mordendo… e assoprando. A norueguesa Equinor lembrou seu investimento bilionário no campo de Bacalhau, o pré-sal da Bacia de Santos. Para aliviar a dentada no Bacalhau, assoprou em direção ao hemisfério norte, mais exatamente para os projetos de energia eólica offshore, nos Estados Unidos. O primeiro óleo de Bacalhau está previsto para 2024, um ano antes de o Reino Unido banir a instalação de boilers a gás em residências novas. E substituir com o quê? Bombas de calor. A tecnologia usada é parecida com a dos novos aparelhos de ar condicionado e resulta em menos emissões de CO2. No entanto, assim como acontece com outras novas tecnologias menos poluentes, mudar incorre em um custo alto. Boa parte da população ainda tem que escolher entre comer e se aquecer (ou se esfriar, dependendo do país). Especialistas afirmam que a transição energética só dará certo quando o modelo de negócios do setor se adaptar de fato às novas exigências para a descarbonização afinado com ações governamentais. E ações imediatas! É o que ativistas ambientais da ONG Fridays for Future exigem (abaixo, no tuíte, um jovem do Paquistão desenha com pedras o que espera dos líderes mundiais: “ação climática”.

A arte imita a natureza

Obra arquitetônica sustentável inspirada em quadro de Vincent Van Gogh abre as portas na França…

Suécia: líder em inovação na UE

No cenário global, a União Europeia tem um desempenho melhor do que seus concorrentes como China, Brasil, África do Sul, Rússia e Índia…

E no Brasil…

O site Povos Indígenas do Brasil reúne dados de todas as tribos no país. Foto: Reprodução.

A Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania da Câmara dos Deputados aprovou esta semana o parecer sobre o PL 490/2007, que altera o processo de demarcação das terras indígenas. A demarcação é direito previsto na Constituição Federal. Origem: o povoamento dos indígenas da América teria se dado há cerca de 13 mil anos e muitos duvidavam até que fossem humanos. Em 1537, o papa Paulo III proclamou a humanidade dos índios. Humanos, porém diferentes entre si, como constatou a polêmica antropóloga Margaret Mead em suas pesquisas de campo com três sociedades primitivas. Estudo que a consolidou como pioneira nos estudos de gênero. O alemão Curt Nimuendajú, que adorava brincar de índio e conviveu com o povo guarani no estado de São Paulo, publicou uma monografia que é reconhecida até hoje. Mas brincar de índio está ficando difícil. De uma população de cerca de dois milhões, no século 16, chegou-se a pouco mais de 300 mil indígenas, no Brasil, em 1998, segundo o IBGE. 10 anos após a promulgação da Constituição Federal, a mesma que prevê os direitos aos primeiros habitantes das terras que viriam a se chamar Brasil

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