Soluções para se alcançar a neutralidade carbono
Por Fact Mundi
São várias siglas: CAC (Captura e Armazenamento de Carbono), CCS (Carbon Capture and Storage) CSC (Capture et séquestration du carbone)… Mas, no fundo, é tudo a mesma coisa e pode ser uma solução para reduzir a presença do dióxido de carbono, o famoso CO2, na atmosfera. Vale lembrar que o CO2 é um dos principais responsáveis pelo efeito estufa, que resulta no aquecimento global do planeta.
Além de várias outras soluções para combater o aquecimento global, a CAC também é uma opção.
Como funciona a CAC?
O sistema é principalmente interessante para fontes emissoras de alta concentração de carbono como centrais térmicas ou em instalações industriais.
Como funciona?
- São três etapas:
- captura: à saída da chaminé, por exemplo, separa-se o dióxido de carbono dos outros gazes ou alteram-se os processos industriais para que emitam o CO2 puro
- armazenamento: armazenamento de maneira otimizada o CO2 retirado para que ele não volte à atmosfera
- transporte: encaminhamento do CO2 do local de extração até o local do armazenamento
Cada uma dessas etapas pode usar várias tecnologias, que podem ter custos e impactos ambientais bem diferentes.
No Brasil, uma das apostas é a captura durante a produção do etanol, onde o CO2 é captado com quase 100% de pureza, reduzindo a necessidade de purificá-lo.
Atualmente, no mundo, 17 projetos de captura e armazenamento do carbono estão em funcionamento, com exceção de projetos-pilotos menores. Ao todo, tais estruturas permitem evitar a emissão de pouco mais de 31 milhões de toneladas de CO2 por ano.
Mas esse sistema está cercado de polêmicas. Para alguns ativistas ambientais, investir na captura e no armazenamento de CO2 não reduziria a emissão dos gases poluidores. Alguns pesquisadores consideram que a captura do carbono pode impedir o desenvolvimento de tecnologias de baixo carbono, como as energias renováveis.