No topo do pódio está a Coca-Cola, ao lado da PepsiCo e da Nestlé.
A organização não governamental (ONG) Break Free from Plastic elaborou seu quinto ranking dos maiores poluidores de plástico do mundo. Graças a 14.760 voluntários em 44 países, foram realizadas 397 auditorias de marcas em seis continentes em 2022. Uma auditoria de marca é uma iniciativa participativa na qual os cientistas documentam as marcas encontradas em resíduos plásticos para ajudar a identificar as empresas responsáveis pela poluição plástica.
Foram coletadas e analisadas 429.994 peças de poluição plástica para identificar as empresas que poluem mais lugares com resíduos plásticos. Os participantes documentaram as marcas de 4.645 empresas este ano. A análise revelou as empresas mais poluidoras em 2022:
- Coca-Cola
- PepsiCo
- Nestlé
- Mondelēz International
- Unilever
- Procter & Gamble
- Mars, Inc
- Philip Morris International
- Danone
- Colgate-Palmolive
#BreakFreeFromPlastic
Desde seu lançamento em 2016, mais de 12.000 organizações e apoiadores individuais em todo o mundo se juntaram ao movimento #BreakFreeFromPlastic para exigir reduções maciças em plásticos de uso único e pressionar por soluções sustentáveis para a crise da poluição plástica. De acordo com o relatório, ano após ano, as mesmas empresas multinacionais de bens de consumo são as que mais geram plástico. A Coca-Cola não está apenas no topo da tabela de classificação, mas com uma vantagem significativa a cada ano. A auditoria de marca deste ano revelou um aumento de 63% até 2021.
Greenwashing?
O relatório do BFFP foi publicado no momento em que a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2022 (COP27) estava sendo realizada no Egito. A Coca-Cola foi um dos patrocinadores, e sua presença foi denunciada como greenwashing por ativistas ambientais e climáticos. De acordo com associações ambientais, o grupo está até mesmo aproveitando a COP27 para fazer lobby. “Eles estão propondo interpretações favoráveis aos seus interesses aos tomadores de decisão públicos e estão poluindo as discussões”, diz Clément Sénéchal, do Greenpeace França.
Foto de capa de Nick Fewings no Unsplash