Moradores incomodados com o barulho e a poluição visual brigam na Justiça para a retirada dos aerogeradores.
Da Redação do Fact Mundi
Foto de capa ilustrativa – Parque Eólico do Maciço do Sul/França de Anna Tallulah
A cidadezinha de Saint-Sauveur-em-Rue, no sudeste da França, tem pouco mais de mil moradores. Número pequeno, mas suficiente para criar uma boa polêmica. No centro da controvérsia: sete aerogeradores de 93m de altura, cada, fincados no alto de um maciço de montanhas. O parque eólico já funciona no local, há 5 anos, e agora está ameaçado de ser desmontado por decisão da justiça.
Barulho incessante das pás
Desde que as turbinas eólicas foram instaladas, na região, muitos moradores estão inconformados: “O barulho incessante das pás incomoda as pessoas e os animais da área”, reclama diz Christian Jessel, que mora com a esposa em uma fazenda a menos de 1km dos aerogeradores. As terras deles ficam bem no meio do parque eólico, pois há torres instaladas nas montanhas que ficam tanto à direita como à esquerda.
Estudos de Impacto Ambiental Insuficientes
A sentença judicial é o resultado de uma luta travada por um coletivo que se dedica a proteger as áreas naturais. O tribunal julgou insuficientes os estudos de impacto ambiental realizados para a obtenção da licença de construção do parque eólico. O local está em uma reserva ambiental onde vivem espécies protegidas, tais como a águia-real. Do outro lado da polêmica estão parte da comunidade que defende a implantação do parque eólico e a empresa responsável pelo projeto, que recorreu da decisão judicial e não quis se pronunciar.
Segundo a redação de FranceInfo, dois terços de todos os projetos de parques eólicos da França são alvo de processos judiciais. Entre as principais queixas estão as poluições visual e sonora ocasionadas pelos aerogeradores e a futura desvalorização dos imóveis, estimada em torno de 30%. Para evitar tais ações judiciais recorrentes, a lei foi alterada. Agora, o prazo para examinar os processos foi reduzido e os litígios serão tratados diretamente pelo tribunal federal de apelação, sem passar por instâncias inferiores.
Fonte: FranceInfo