Pela Redação do Fact Mundi
Após vários meses de exame pelas duas câmaras do Parlamento francês, foi aprovado neste 20 de julho o texto final do Projeto de Lei Clima e Resiliência por 233 votos a favor, 35 contra e 74 abstenções. O documento foi elaborado a partir das 149 propostas retiradas da Convenção Cidadã pelo Clima e é o grande projeto ecológico do presidente da França, Emmanuel Macron.
Após vários meses de análise pela Assembleia Nacional e pelo Senado da França, o texto final adota várias medidas emblemáticas, como o fim da locação de imóveis considerados como “peneiras térmicas” (por serem muito antigos e não seguirem as normas de economia de energia em seu sistema de aquecimento), a partir de 2025; o fim dos voos de curta distância e com duração de até 2h30, quando houver alternativa de efetuar o mesmo trajeto de trem; e a adoção generalizada de cardápios vegetarianos semanais, nas cantinas de todas as escolas.
Reações Opostas
Adoptée !
— Jean Castex (@JeanCASTEX) July 20, 2021
Fruit d'un exercice démocratique inédit initié par la Convention citoyenne pour le climat, la loi #ClimatRésilience va faire rentrer l'écologie dans nos vies et préserver l'environnement dans nos gestes du quotidien.
Fier du travail accompli et de sa portée historique ! https://t.co/zNWZ58IPRr
O primeiro-ministro Jean Castex declarou estar “orgulhoso do trabalho realizado e do significado histórico” desta lei. “É o fruto de um exercício democrático inédito iniciado pela Convenção Cidadã pelo Clima. A Lei Clima e Resiliência incluirá a ecologia em nossas vidas e preservará o meio ambiente em nossos gestos cotidianos”, acrescentou Castex em publicação na rede social Twitter.
Mas nem todos ficaram tão satisfeitos com a aprovação do projeto de lei do Clima. Para a oposição e para os ambientalistas, a lei é insignificante. A socialista Dominique Potier afirmou que seu partido entrou com uma moção para rejeitar a lei.
A ONG Greenpeace emitiu um comunicado lamentando “a grande bagunça” na qual o maior perdedor “é o clima”. O ambientalista e diretor de documentários sobre o meio ambiente, Cyril Dion (veja tuíte abaixo), mostrou ceticismo face à nova regulamentação e até conclamou os líderes a “darem prova de honestidade e assumirem suas responsabilidade com relação ao tema”.
.@JeanCASTEX @barbarapompili le @Conseil_Etat vous a donné 9 mois pour prouver que la 🇫🇷 pourra tenir ses objectifs de -40% de GES d'ici 2030, le @hc_climat vous a rendu un rapport indiquant que les mesures déjà prises sont insuffisantes, allez vous muscler la #LoiClimat ?! Fil👇
— Cyril Dion (@cdion) July 19, 2021
Fonte: Novethic
Foto de capa Reprodução da campanha do governo francês.