Retro-fit: os carros antigos se tornam elétricos

Por Pascale Pfann

Um dos símbolos da França, o famoso carro 2CV (2 chevaux, que na tradução é 2 cavalos), agora, circula por aí sem fazer barulho e, o que é melhor, sem poluir. Oficinas especializadas, em várias partes do país, já estão convertendo modelos antigos a gasolina em elétricos.

Há pouco mais de 1 ano, a lei francesa permite converter um carro com mais de cinco anos em elétrico. Eles chamam essa conversão de “retro-fit”, uma espécie de banho de rejuvenescimento. Mas para efetuar a transformação respeitando a lei, é preciso respeitar todas as exigências que o veículo cumpriu para ser homologado, na época, e reproduzir o processo, só que para a versão elétrica. “Nós reproduzimos a mesma motorização em termos de potência e de peso”, afirma à Rádio France Info, Arnaud Pigounides, fundador de uma oficina de conversão de veículos para a eletricidade, na cidade de Bordeaux. “A autonomia pode ir de 180 a 220km de autonomia,, que varia de acordo com a bateria utilizada. A média é de 170km de autonomia.”

A conversão pode custar entre 15 mil e 20 mil euros e é possível dispor de subsídios oferecidos pelo governo. Embora nem todos os carros estejam autorizados a serem convertidos, o setor está em plena expansão, na França. “17 milhões de veículos estarão proibidos de circular, nos próximos anos, no país. Assim, a transformação do carro em antigo poderá ser uma alternativa para quem não puder comprar um modelo novo”, afirma Pigounides.

No vídeo abaixo (em francês), oficina de conversão do carro 2CV para modelo elétrico.

Na cidadezinha de Cassis, o 2CV também está ganhando fôlego elétrico. Clément Chiri, responsável pelo Méhari 2CV Club de Cassis, garante que, em 20 horas, deixa um carro de colecionador novinho em folha, pronto para pegar a estrada. Ele contou, animado, à Radio France Info: “A transformação em modelo elétrico permite economizar na pegada de carbono e manter esses veículos históricos que estão ligados ao patrimônio francês.”

Fonte: France Info

Foto de capa: Paul Noa em Pixabay

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