Pela redação do Fact Mundi
Um artigo publicado em um jornal francês de grande circulação, Les Echos, confirma uma certeza do Fact Mundi: o Brasil pode servir de grande inspiração para o mundo que tenta se adaptar às mudanças climáticas.
O autor do texto, Navi Radjou, consultor em inovação e leadership, defende a noção de que é possível crescer economicamente e viver dignamente em harmonia com a natureza. De que forma? Seguindo um novo modelo “virtuoso”, o da Economia Frugal, que privilegia a parceria entre as empresas, à indústria local descarbonizada e a regeneração dos recursos.
E é uma tripla regeneração dos recursos: humanos, territoriais e da biodiversidade. “Em vez de simplesmente diminuir seu impacto negativo reduzindo as emissões e os resíduos, é preciso aumentar conscientemente seu impacto positivo regenerando as pessoas, os territórios e o planeta. Simultaneamente”, afirma Navi Radjou.
E é aí que entra o Brasil. O autor cita o exemplo da Natura, que trabalha com os índios da Amazônia para extrair a manteiga de murumuru da árvore que, antes, era abatida para a utilização de sua madeira em vassouras. Uma manteiga que reconstitui “os cabelos danificados” e tem muito mais valor que a madeira dessa mesma árvore, conclui Radjou. Uma iniciativa que corresponde a esse novo conceito de “sobriedade rentável”: “Financeiramenta lucrativa, socialmente inclusiva e ecologicamente virtuosa”.
Pelo que parece, o Brasil já faz parte dessa Economia Frugal.
Foto de capa de P. S. Sena, via Wikimedia Commons